sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

TVCA/Reprodução

Por: G1 MT

A maioria do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) votou a favor da denúncia contra o promotor de justiça Marco Aurélio Castro réu por vazamento de conversa. O Núcleo de Ação de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE), denunciou o promotor em outubro de 2019. A sessão de julgamento foi realizada nesta quinta-feira (10).

Apesar do voto da maioria, a denúncia ainda não foi aceita, já que o desembargador Carlos Alberto da Rocha pediu vistas do processo.

O g1 entrou em contato com o promotor e não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

Relator do caso, o desembargador Rubens de Oliveira votou pelo recebimento da denúncia feita pelo MPE. Ele foi acompanhado por nove desembargadores. No entanto, houve o pedido de vistas do desembargador Carlos Alberto.

“Eu não vejo só esse crime do artigo 10. Há possibilidade de outro crimes dentro da denúncia. Me sinto obrigado a pedir vista para fazer esse comparativo e analisar bem”, disse em seu voto o desembargador Carlos Alberto.

Também falta votar a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, ela decidiu aguardar a entrega do processo pelo desembargador.

Denúncia
Em 2015, o promotor teria repassado a pessoas ainda não identificadas gravações de ligações telefônicas de diálogos entre o desembargador do TJMT Marcos Machado e o ex-governador Silval Barbosa.

Silval estaria tentando que a Justiça soltasse a mulher dele, Roseli Barbosa, que foi presa sob acusação de desvio de dinheiro da Secretaria Estadual de Assistência Social (Setas), a qual comandou.

Segundo o MP, com base no depoimento de um policial militar, o promotor de Justiça que estaria de férias teria exigido do PM um CD com a íntegra dessa conversa, sem apresentar nenhum documento. No mesmo dia esse CD sumiu dos arquivos do Gaeco.

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