13 de julho de 2021
Umidade relativa do ar pode chegar a 13% em Cuiabá após mais de 30 dias sem chuva
Baixa umidade pode causar problemas de saúde, como alergias, cansaço, irritação nos olhos e garganta seca.
Por: Kátia Krüguer
Cuiabá não tem registros de chuva há 32 dias e, nesta terça-feira (13), a umidade relativa do ar pode chegar a 13%. O período de estiagem deste ano já começou e a capital tem sentido os reflexos das altas temperaturas com o início de queimadas.
A última chuva em Cuiabá foi registrada no dia 11 de junho. À época, houve uma queda de temperatura. No entanto, depois desse período, a cidade não teve mais registros de chuva, o que elevou a temperatura novamente.
De acordo com a meteorologista do Clima Tempo, Daniela Freitas, com o tempo seco, os poluentes podem ficar mais concentrados, causando problemas de saúde.
“A gente tende a ter a qualidade do ar mais comprometida. Nesses períodos mais longos de tempos seco e sem chuva, os poluentes devem ficar um pouco mais concentrados, especialmente nas capitais e nas cidades grandes”, explicou.
Cuiabá tem uma estação chuvosa que vai de outubro a abril, enquanto a estação seca vai de maio a setembro. Os meses mais chuvosos são entre dezembro e fevereiro, enquanto que os meses mais secos são os de junho, julho e agosto.
Umidade do ar
A umidade relativa do ar ideal para a saúde é de 40% a 70%, de acordo com a organização Mundial da Saúde (OMS). A baixa umidade pode causar muitos problemas de saúde.
O ar seco dificulta a dispersão de gases poluentes e resseca as mucosas das vias aéreas. Isso pode agravar crises de asma e infecções virais e bacterianas.
Além disso, ela pode causar desidratação, irritação nos olhos e alergia. Com a temperatura alta, a baixa umidade do ar acelera a absorção do suor, ressecando a pele.
Quando a umidade do ar está abaixo de 30% a pessoa pode sentir:
Dor de cabeça
Complicações alérgicas
Sangramento nasal
Garganta seca e irritada
Sensação de areia nos olhos
Olhos vermelhos e congestionados
Pele ressecada
Cansaço
Outra preocupação é em relação as queimadas. O tenente do Corpo de Bombeiros, Wagner Augusto da Silva, alerta para os incêndios na área urbana.
“O incêndio na vegetação da área urbana pode ser um incêndio criminoso, que a pessoa ateia fogo em um terreno baldio e se espalha, muitas vezes é um cigarro que a pessoa joga nas margens da calçada e queima toda a vegetação. Outras vezes também acontece da pessoa queimar algum móvel ou lixo próximo à vegetação”, disse.
Esse tipo de queimada é proibida o ano inteiro e a pessoa que pratica o ato pode ser multada.