sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Joseph Odelyn/AP Photo

Por: G1

O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, afirma que o país investiga informações da Interpol de que os colombianos presos no Haiti, por suspeita de terem participado do assassinato do presidente Jovenel Moise, são reservistas do Exército colombiano.

“Inicialmente, as informações indicam que são cidadãos colombianos, membros da reserva do Exército nacional”, afirmou Molano, que ordenou que a Polícia Nacional e o Exército colaborem com as investigações.

Jorge Vargas, diretor-geral da Polícia Nacional colombiana, indicou que 6 suspeitos são ex-militares colombianos — 2 sargentos aposentados e 4 ex-soldados — e 2 deles morreram em confronto, segundo informações preliminares.

A polícia haitiana divulgou na quinta-feira (8) que ao menos 28 pessoas participaram do crime: 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana. O governo americano ainda não se pronunciou.

Até o momento, 17 suspeitos foram detidos — 15 colombianos e 2 americanos —, 3 morreram em confronto e 8 estão foragidos. Parte do grupo chegou a invadir a embaixada de Taiwan ao tentar fugir.

O diretor-geral da Polícia Nacional haitiana, Leon Charles, exibiu os detidos em uma entrevista coletiva, além de passaportes colombianos, metralhadoras, machetes, walkie-talkies e materiais como alicates e martelos, que foram apreendidos.

“Estrangeiros vieram ao nosso país para matar o presidente”, afirmou Charles, que prometeu intensificar a busca “para capturar os outros oito mercenários”.

Invasão à embaixada de Taiwan

O governo de Taiwan revelou nesta sexta-feira (9) que 11 suspeitos de participar do crime invadiram o perímetro de sua embaixada em Porto Príncipe, que fica próxima à residência presidencial haitiana, antes de serem detidos pela polícia na quarta-feira (7).Jovenel Moise foi assassinados a tiros em sua casa na madrugada de quarta-feira (7). A primeira-dama, Martine Moise, foi baleada e hospitalizada. Gravemente ferida, ela foi transferida para Miami, nos Estados Unidos.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, Joanne Ou, disse que o local foi fechado “por razões de segurança” após o assassinato e a segurança da embaixada descobriu que um grupo de homens armados havia entrado no pátio.

“A pedido do governo haitiano — e para ajudar na detenção dos suspeitos —, a embaixada deu permissão à polícia haitiana para entrar no perímetro da embaixada”, afirmou a porta-voz.
O Haiti é um dos 15 países do mundo que concedem reconhecimento diplomático a Taiwan, não à República Popular da China. A China considera Taiwan parte de seu território, embora a ilha tenha autonomia política e administrativa desde 1949.

Membros da polícia haitiana procuram evidências fora da residência presidencial em Porto Príncipe, em 7 de julho de 2021, onde o presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado a tiros na madrugada — Foto: Valerie Baeriswyl/AFP

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