quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

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Por: G1 MT

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão do lobista e empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, alvo da Operação Sisamnes, que investiga um esquema de venda de sentenças, em Cuiabá. A decisão, do ministro Cristiano Zanin, também manteve o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, que também foram alvos das investigações. O documento foi publicado nessa segunda (9).

A defesa do lobista informou que está tentando ter acesso à decisão. O g1 tenta contato com a defesa dos desembargadores.

Andreson é suspeito de ser o intermediário no esquema de venda de sentenças. Ele foi preso no dia 26 de novembro. A esposa do empresário, Mirian Ribeiro Gonçalves, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Em novembro, a defesa dele pediu ao STF para trancar a ação que o investiga, mas o pedido foi negado.

A PF também vasculhou a casa dos desembargadores no mesmo dia em que o lobista foi preso. Em agosto deste ano, mensagens no celular do advogado assassinado, Roberto Zampieri, levaram ao afastamento dos magistrados por suspeita de venda de decisões.

Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados — Foto: Reprodução

Mandados

A Polícia Federal também cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, além de medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados. Além disso, o escritório de Zampieri foi alvo de um mandado, em Cuiabá.

O esquema envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Também são investigadas negociações sobre o vazamento de informações sigilosas, como detalhes de operações policiais, segundo a polícia.

Investigações

As investigações começaram quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu que os dois desembargadores mantinham uma amizade com o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, e recebiam vantagens financeiras para julgarem recursos de acordo com os interesses do advogado.

O grupo pedia dinheiro para beneficiar partes de processos judiciais ilegalmente. Em seguida, emitia decisões favoráveis a esses “clientes”, ainda conforme investigações.

A Polícia Federal também investiga negociações ligadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.

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