quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Pixabay/vipulK007

Por: A Referencia

A China anunciou na terça-feira (3) que irá proibir a exportação de alguns minerais raros para os EUA, aumentando a tensão na guerra tecnológica entre os dois países. A medida ocorre um dia depois de o governo Biden endurecer o acesso chinês à tecnologia avançada norte-americana. As informações são do jornal The New York Times.

De acordo com o Ministério do Comércio da China, a venda de minerais como gálio, germânio e antimônio aos Estados Unidos será suspensa imediatamente, justificando a decisão por motivos de segurança nacional. Além disso, a exportação de grafite será submetida a uma revisão mais rigorosa, devido ao uso militar desses materiais.

Esses minerais são cruciais para a fabricação de tecnologias avançadas, como semicondutores, e a China é a principal produtora mundial dessas matérias-primas. Nos últimos meses, Beijing vem intensificando o controle sobre a exportação desses insumos, em represália às sanções impostas por Washington. Em outubro, o governo chinês começou a exigir que seus exportadores detalhassem, passo a passo, como os minerais seriam usados nas cadeias de suprimento ocidentais.

Na segunda-feira (2), a administração Biden expandiu suas restrições sobre tecnologia à China, proibindo a venda de certos chips e equipamentos avançados e incluindo mais de cem empresas chinesas na lista de restrição comercial. Este foi o terceiro movimento significativo nos últimos três anos na tentativa de impedir que Beijing se aproxime tecnologicamente do rival ocidental.

Em resposta, o governo chinês criticou a medida americana, classificando-a como “ilegal”. “Tais práticas prejudicam seriamente a ordem econômica e comercial internacional, desestabilizam a produção global e a cadeia de suprimentos e prejudicam os interesses de todos os países”, declarou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Grupos industriais chineses ligados a setores como semicondutores e fabricação de automóveis também se manifestaram na terça, recomendando que as empresas chinesas busquem alternativas para a compra de chips.

“Os produtos de chips americanos não são mais seguros e confiáveis, e as indústrias chinesas relacionadas deverão ser cautelosas ao adquirir chips dos Estados Unidos”, afirmou a Associação da Indústria de Semicondutores da China.

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