23 de julho de 2024
Starlink quer aumentar quantidade de satélites com cobertura no Brasil
Por: Nilton Kleina, via nexperts
A operadora de internet Starlink quer expandir as atividades em território brasileiro. A companhia fundada por Elon Musk formalizou com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um pedido para ampliar a quantidade de satélites que funcionem no país.
O objetivo da Starlink é ativar mais 7,5 mil satélites de sinal de internet no Brasil, somando eles aos cerca de 4,4 mil já em funcionamento e com aprovação para operar até março de 2027. Os equipamentos fazem parte da segunda geração de satélites da companhia, que operam de forma otimizada.
Como os satélites operam em bandas diferentes (Ka, Ku e E), a exploração envolve ainda a adição das faixas de radiofrequências de 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida).
A próxima etapa é uma consulta pública, com a Anatel ouvindo sugestões e críticas por parte da sociedade civil, além de apontamentos da concorrentes e especialistas — incluindo possíveis riscos de interferência e sustentabilidade. É possível participar do processo até o dia 31 de julho a partir deste link.
A expansão da Starlink no Brasil
A Starlink foi autorizada a operar no Brasil em janeiro de 2022 com a venda do pacote de internet via satélite. O serviço envolve a compra da antena receptora e o pagamento de uma mensalidade.
Em meses, cerca de 90% municípios dos estados que compõem a Amazônia legal já tinham clientes do serviço — essa foi a região mais visada pela companhia, notando a falta de cobertura de operadoras tradicionais e uma demanda crescente. Atualmente, ela é a líder no segmento de internet via satélite no país.
O sucesso da companhia está mudando o setor de turismo no país, inclusive com internet em regiões turísticas remotas, e chegando a comunidades indígenas que tiveram acesso à rede pela primeira vez.
Também com negócios envolvendo o governo brasileiro, em especial para fornecer sinal para escolas e navios da Marinha, a operadora quase teve os contratos revistos com a briga entre o empresário e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).