10 de abril de 2024
Mofo, falta de UTI e medicamentos: CQQ mostra problemas em unidades de saúde de Cuiabá
O quadro nasceu de uma pesquisa que buscou entender qual era a prioridade da baixada cuiabana em ralação aos serviços públicos existentes.
Por Luiz Gonzaga Neto, TV Centro América
Rede elétrica exposta, muro caindo, vidros quebrados, falta de medicamentos e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Esses são alguns dos problemas existentes em unidades de saúde de Cuiabá, revelados pelo quadro “A Cidade Que eu Quero”, exibido no MT1, na TV Centro América.
O quadro nasceu de uma pesquisa que buscou entender qual era a prioridade da baixada cuiabana em ralação aos serviços públicos existentes. Durante um mês de pesquisa, a maioria dos participantes escolheu a saúde como prioridade, e espera melhoria na qualidade do atendimento dos postos de saúde e investimento na estrutura das unidades
Um desses locais que precisa de melhoria é o Posto de Saúde da Família (PSF) do Jardim Leblon. As janelas da unidade estão com vidros quebrados, e para tampar os buracos, placas de PVC e tábuas foram colocadas no lugar. Além disso, paredes estão com mofo, não tem água para os pacientes, o banheiro virou um depósito de materiais de limpeza e a lixeira armazena o lixo infectante sem os cuidados corretos.
Uma placa em frente a unidade de saúde diz que a última reforma foi em 2004 e, o presidente do bairro, conhecido como Chico Leblon, já está cansado de lutar pelo posto.
“Você sente inútil, impotente, porque tem ofício, tem reivindicação, tem abaixo assinado, mas, quando chega onde é para ser resolvido, nada acontece […] Temos outros prédios que ja forma reformados, porque o do Jardim Leblon não?” questionou.
Atendimento
Segundo a Secretaria de Saúde, atualmente, Cuiabá tem 70 PSF’s, que abrigam 111 equipes de Saúde da Família, que era para ser o primeiro atendimento da rede pública. Mas, para a médica especialista em saúde pública, Lívia Pulchério, a população, muitas vezes vai diretamente às Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), que deveriam receber casos de urgência, pois não encontram atendimento nos bairros.
“Esses moradores, onde não existe esse atendimento primário, eles vão procurar onde tem porta aberta. Com isso, há uma superlotação nas unidades secundárias, nas UPA’s, nas policlínicas, tanto de pessoas que poderiam procurar a unidade básica, quanto de pessoas que já estão com caso agravado, porque elas não tiveram unidade básica para procurar”, explicou.