Denilson Paredes

Por: A Tribuna

Defensor de pautas como a liberação de armas de fogo para os cidadãos e cidadãs, o produtor rural Antônio Galvan, 64 anos, foi oficializado como candidato a senador pelo PTB e disputará o pleito de olho no voto dos eleitores mais conservadores.

No Senado, caso eleito, ele diz que pretende lutar contra o que classifica como “instabilidade criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)” e defender mudanças profundas na Educação.

Ex-presidente do Sindicato Rural de Sinop e presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) em nível nacional, Galvan é um defensor apaixonado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu acredito que hoje o Brasil vive uma instabilidade criada pelo STF que o Senado, com o poder que ele tem, já deveria ter tomado uma providência sobre esse assunto. E a gente percebe que o Senado não fez isso. E quem está invadindo jurisdição, deixando o Brasil apreensivo é o nosso Supremo Tribunal Federal. E vendo essa covardia, para não dizer outra palavra, decidimos fazer esse enfrentamento”, externou.
Como o Senado cria e revisa leis que valerão em todo o território nacional, Antônio Galvan reconhece que não pode fazer leis que beneficiem exclusivamente Mato Grosso, mas ele diz que pretende lutar por mudanças no ensino praticado no país, que ele carateriza como uma “vergonha”.

“Dizer que hoje temos um ensino fundamental onde o jovem, se ele aprendeu ou não aprendeu, simplesmente ele passa de ano e vai embora. E dali ele vai para o segundo grau e se ele aprendeu ou não aprendeu, vai passando de série. Nas várias reuniões que tive com famílias e professores, todos eles estavam muito preocupados com essa situação. Hoje, o aluno desrespeita o professor dentro da sala e nada acontece. Então, nós temos que fazer uma reforma séria no ensino”, afirmou o candidato.

Ele defende ideias como o retorno de matérias como a Organização Social e Política Brasileira (OSPB), o fim das discussões políticas em sala de aula e a introdução de matérias como o Empreendedorismo.

“Isso significa você mostrar para a criança que ela, independente da origem dela, se é de uma família pobre ou não, amanhã pode ser um empresário de sucesso. O que a gente ouve hoje: temos que estudar para fazer concurso público. Mas montar um negócio seu, fazer com o que o município e o país cresça, não! Nós vamos ser empregados… Quer dizer que já leva essa criança doutrinada”, afirmou Galvan.

Demonstrando estar afinado com a pauta defendida pelo presidente Bolsonaro e como todo bolsonarista raiz, Galvan também defende o armamento da população.

“Você acha que há a necessidade de tanta segurança assim, se você der o direito de as pessoas terem sua arma dentro da sua propriedade? Porque dificultar o acesso à arma? O bandido não vai comprar arma em loja. E a arma foi feita para defender a sua residência, seja ela urbana ou rural”, defendeu.
Para a questão da saúde pública, que é uma das mais problemáticas e que mais é alvo de reclamações dos populares, ele tem uma solução na ponta da língua. “Basta parar de roubar. Acabar com a corrupção. Aí o dinheiro aparece”, concluiu.