domingo, 9 de março de 2025

Alexandre Aragão

Por: G1 MT

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT) denunciou que os carteiros treinados para trabalhar de bicicleta tiveram os veículos recolhidos e estão sendo impedidos de sair às ruas, o que tem gerado um acúmulo de correspondências no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

De acordo com o sindicato, ao todo, a cidade contava com 25 carteiros nas ruas. Desses, sete que são concursados e faziam entregas de bicicletas não estão mais saindo às ruas há cerca de mês devido a um processo de reestruturação da instituição.

O g1 entrou em contato com os Correios, mas não obteve retorno até esta publicação.

Essas mudanças, segundo o sindicato, gerou um aumento indiscriminado do percurso para os carteiros que trabalham de moto.

O Sintect-MT informou que antes os trabalhadores motorizados percorriam entre 35 a 40 quilômetros por dia, e hoje percorrem pelo menos 80 quilômetros.

Trabalhadores fazem panfletagem para explicar situação dos Correios em Várzea Grande (MT) — Foto: Alexandre Aragão

Devido ao acúmulo de correspondências não entregues, esses motociclistas, que antes entregavam cerca de 90 encomendas ao dia, agora saem com 240 entregas cada.

A categoria afirma que tentou conversar com os gestores para regularizar essa situação, mas não tiveram retorno e não conseguirem nenhum avanço.

“Correspondência simples como extrato do FGTS, senha do google, faturas que são enviados como carta simples estão todas lá estocadas, vencidas. São milhares. Eles tratam como refugo, mas na verdade foram correspondências que foram pagas pela sociedade e que não estão sendo entregues”, diz o sindicato, em nota.

Nesta segunda-feira (14), os trabalhadores fizeram panfletagem nas ruas da cidade, antes do início do expediente, para explicar aos trabalhadores dos outros setores e à população em geral o motivo do atraso nas entregas.

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