26 de abril de 2021
Onça-pintada é flagrada no quintal de casa de biólogos em Chapada dos Guimarães (MT); veja
Casa onde vive o casal fica a pouco mais de 200 metros de onde o animal foi registrado. A armadilha foi montada em 2015, mas essa é a primeira vez que uma onça é registrada no local.
Leen Gillis/Arquivo pessoal
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Por: G1 MT
Uma onça-pintada foi flagrada em uma armadilha fotográfica no quintal da casa dos biólogos Leen Gillis e André Moratelli, no Vale do Jamacá, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. O registro foi feito na segunda-feira (19), às 18h43.
Leen contou ao G1 que a armadilha foi montada em 2015, no entanto, essa é a primeira vez que uma onça é registrada no local.
“Nunca tínhamos visto onça por aqui. As pessoas antigas sempre falavam que escutavam barulho de onça aqui, e agora ela apareceu na armadilha fotográfica”, contou.
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O casal vive em uma reserva particular de 8 hectares e trabalha com observação de animais. A casa deles fica a pouco mais de 200 metros de onde a onça-pintada foi registrada.
“Medo não temos, porque sempre soubemos que ela andava por aqui e, em geral, ela está somente de passagem”, ressaltou.
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Segundo Leen, a armadilha fotográfica também já registrou a passagem de jaguatiricas, tamanduás, antas, tatus e algumas aves que vivem na região.
“Temos uma trilhas que vai até o córrego. Instalamos uma câmera com sensor nessa trilha e ela fotografa os bichos que vão passando. A gente protege essa área. Não temos cachorros e gatos”, explicou.
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Leen é natural da Bélgica, mas se mudou para Mato Grosso em 2007. Já o marido André é de Cuiabá. Atualmente, eles trabalham com turismo receptivo.
Apesar de já terem encontrado onças durante passeios em Porto Jofre, em Poconé, o registro do animal no quintal de casa foi importante para o casal.
“Foi incrível. Estamos muito felizes. Trabalhamos com observação da vida selvagem em Mato Grosso e com observação de onça-pintada no Pantanal, então ver uma onça por aqui foi muito emocionante”, declarou.
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Na casa de Leen e André funciona também o escritório da agência de turismo.
“Temos um plano de fazer uma pousada, mas isso é mais para o futuro, por enquanto, aqui é nossa casa e nosso escritório”, disse.
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O casal defende que os limites da floresta devem ser respeitados para proteger a vida selvagem.
“Vamos continuar monitorando, preservando a floresta e os animais. O ideal seria ter a proteção de uma área maior. Sempre aumentando a floresta para vida selvagem”, ressaltou.