sábado, 22 de fevereiro de 2025

Por: Istoé Gente

[ALERTA: este texto aborda assuntos como depressão e suicídio, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você se identifique, tenha depressão ou pensamentos suicidas, procure apoio no Centro Voluntário à Vida pelo telefone 188]
O humorista Whindersson Nunes, de 30 anos, que há algum tempo enfrenta problemas com sua saúde mental, foi internado em uma clínica psiquiátrica no interior de São Paulo. Por decisão própria, ele optou por dar entrada no local na semana passada, com o objetivo de buscar um “tratamento adequado”.

“O humorista se internou por decisão própria e com o devido acompanhamento médico. (…) O motivo da internação é o cuidado com sua saúde, buscando o tratamento adequado para seu bem-estar”, diz a nota publicada pela Non Stop Produções Artísticas.

A empresa responsável pelo gerenciamento da carreira de Whindersson ainda ressaltou que ele “tomou essa decisão visando o cuidado integral de sua saúde”.

“Ele está muito bem e feliz com sua evolução e, em breve, estará de volta aos palcos, fazendo o que mais ama”, diz ainda o comunicado.

A nota também pede que os fãs tenham compreensão e respeito, além de respeitarem a privacidade do humorista neste momento.

Recente desabafo sobre saúde mental
Whindersson Nunes sempre falou publicamente que sofre com problemas de saúde mental, que incluem depressão e ansiedade. Além de ressaltar os impactos que a fama causou na vida pessoal dele.

Em junho de 2024, o humorista utilizou as redes sociais para fazer um longo desabafo sobre saúde mental. Nunes relatou as razões pelas quais tentou tirar a própria vida, com o objetivo de ajudar quem está na mesma situação em que ele já esteve.

“Hoje, às 20h, eu boto aqui meu relato sobre a minha única tentativa de suicídio, os porquês, onde, como, com o que, doa a quem doer”, escreveu.

Whindersson publicou um fio, em que trouxe detalhes sobre o período difícil, em que sofria de depressão. A largada da publicação foi dada com um alerta de gatilho, em que o artista garantiu que tentaria cuidar com as palavras utilizadas na sequência. Ao mesmo tempo, ele informou que tentaria ser bastante direto no relato, defendendo a intenção de ajudar.

“No fatídico dia, pra vocês saberem, eu não estava triste, não era dia de discussão no Twitter, não era dia de desabafo, era um dia normal, mas eu tava indignado com uma notícia mesmo que vi aqui no Twitter, na época era esse nome ainda”, escreveu o piauiense, deixando claro que as ex-companheiras, Luísa Sonza e Maria Lina, não tiveram culpa ou responsabilidade alguma sobre o ocorrido.

Conforme a publicação, a tentativa se deu de maneira impulsiva, com o uso de uma arma de fogo de um amigo. Whindersson contou que, no momento, a arma não funcionou.

Ele concluiu o desabafo indicando aos que identificam a necessidade de ajuda, que procurem médicos especializados e terapias. “Nem todos têm condição de ficar de psiquiatra em psiquiatra. Caso você possa, encontre alguém com um olhar de cura mesmo. Desejo muito que você curta esse mundo que, além de muita podridão, tem muita coisa massa”, desejou o influenciador.

Ao final, ele acrescentou: “Minha mensagem pra você que, assim como eu, é um sobrevivente, é que depois que parei de pensar nas coisas daqui, e passei a pensar no outro plano, ficou mais fácil levar a vida, dinheiro não vai, casa, tênis, nada, muito menos o tempo que você perdeu em não usar o seu talento para ajudar alguém.”

Procure ajuda
Caso você esteja enfrentando alguma situação de sofrimento intenso ou pensando em cometer suicídio, pode buscar ajuda para superar este momento de dor. Lembre-se de que o desamparo e a desesperança são condições que podem ser modificadas e que outras pessoas já enfrentaram circunstâncias semelhantes.

Se não estiver confortável em falar sobre o que sente com alguém de seu círculo próximo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. O CVV (cvv.org.br) conta com mais de 4 mil voluntários e atende mais de 3 milhões de pessoas anualmente. O serviço funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados), pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil (confira os endereços neste link).

Você também pode buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no telefone 192, ou em um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Estado. A lista com os endereços dos CAPS do Rio Grande do Sul está neste link.

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